quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mais dois golos


Cardozo:

Mais dois golos para a sua conta pessoal. Respondeu muito bem aos centros de Di María, primeiro aos 48 minutos a saltar mais alto que a defensiva alemã e a cabecear sem hipóteses para Drobný. Aos 61 minutos, o paraguaio recebeu a bola no peito e rematou de pé esquerdo para o fundo das redes. Foi uma dor de cabeça para os defesas do Hertha Berlim.






O avançado paraguaio apontou esta terça-feira mais dois golos na presente temporada, ajudando o Benfica a chegar aos oitavos-de-final da Liga Europa.

No final do desafio com o Hertha Berlim, Cardozo afirmou que não está a pensar em ser o melhor marcador da competição europeia. “Não, primeiro quero ajudar a minha equipa e é nisso que penso, mas admito que é importante fazer golos”, disse o avançado, destacando o momento das “águias”: “Estamos a jogar bem e a fazer o que treinador nos pede.”

In Site Oficial do Benfica

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não há meio de matar este borrego

O Benfica desperdiçou na noite de ontem uma soberana ocasião de vencer pela primeira vez no "maldito" solo germânico. Não só defrontou um adversário perfeitamente acessível, como logo aos quatro minutos se colocou em vantagem por intermédio de Di María - terceiro golo em outros tantos jogos disputados na Alemanha -, após passe soberbo de Carlos Martins. Um autogolo de Javi García acabou, no entanto, por manter vivo o borrego, à 18ª tentativa.

Cedo se percebeu que existe uma enorme diferença de valor entre as águias e os berlinenses, a favor dos encarnados, contudo as facilidades que a equipa de Jorge Jesus encontrou logo de início terão sido contraproducentes. De facto, apanhando-se em vantagem no marcador bem cedo e beneficiando, pouco depois, de mais um ou dois lances em que podia ter ampliado a diferença, a equipa acabou por tirar demasiado cedo o pé do acelerador. À passagem do quarto de hora, o Benfica começou a interiorizar que o jogo era um mero treino e sendo certo que este Hertha de Berlim é muito fraco, também não convém abusar da sorte. E foi assim, que pouco a pouco, os germânicos foram equilibrando a contenda, acabando por empatar, aos 33', no tal lance infeliz do médio espanhol, que fez o quarto autogolo da época encarnada, quando tentava travar o cruzamento de Piszczek.

Foi o castigo para uma águia demasiado confiante numa vitória, sem ter de se esforçar muito para a garantir. Após o golo, o Benfica só por mais uma vez esteve perto de marcar antes do descanso, mas o cabeceamento de Luisão, em boa posição, saiu fraco - como o futebol que então se praticava no Estádio Olímpico.

Esperava-se que o segundo tempo trouxesse um Benfica mais aguerrido e por momentos, as águias mostraram vontade de resolver a eliminatória que complicaram sem necessidade. E foi num lance de contra-ataque, que Ramires, aos 52', ficou em excelente posição para marcar, acabando por ser derrubado por Friedrich, numa grande penalidade que passou sem a devida sanção. Um lance capital, até porque, as águias retraíram-se e o Hertha cresceu logo após a sua melhor ocasião de passar para a frente, quando Nicu (55') acertou no poste. Os berlinenses passaram a acreditar que seria possível ganhar, à medida que o meio-campo encarnado rendia cada vez menos, em especial Carlos Martins e Ramires, não por acaso os primeiros a irem tomar banho mais cedo, substituídos por Aimar e Felipe Menezes.

Jorge Jesus procurou agarrar de novo o jogo, apelando à experiência e qualidade técnica de Aimar, mas nem a sua entrada conseguiu entusiasmar os encarnados, onde Di María remava sozinho, Saviola passava completamente ao lado do jogo e Cardozo também não encontrava caminhos para a baliza contrária. E sempre sem correr grandes riscos, jogando nos erros do adversário - os laterais Rúben Amorim e César Peixoto fizeram vários -, o Hertha começou a incomodar a baliza de Júlio César que, no fim, acabou por ser decisivo. É certo que o Benfica ainda voltou a criar perigo, mas nos últimos instantes, a sorte acabou por proteger as águias, quando o seu guarda-redes impediu Ramos de fazer o 2-1. Seria castigo demasiado pesado, mas o que fica deste jogo é que nunca como ontem, o Benfica ficou a dever a si mesmo a primeira vitória na Alemanha. Para a semana, com outra atitude, a qualificação não deixará certamente de ser garantida, tal a diferença de valores.


Hertha 1 | Benfica 1
Estádio Olímpico de Berlim | Relvado bom | 13684 espectadores

Árbitro Terje Hauge (Noruega) Assistentes Kim Thomas Haglund e Frank Andas

Assistentes auxiliares | Espen Berntsen e Ken Henry Jonsen | 4º árbitro Dag Vidar Hafsas


Treinador Friedhelm Funkel

1 Drobny GR

26 Piszczek LD

3 Friedrich DC

4 Von Bergen DC

21 Kobiashvili LE

7 Cícero MD

6 Janker MD

10 Raffael MO 88'

20 Ebert AD

25 Nicu AE 65'

9 Ramos AV


40 Burchert GR

22 Bengtsson DC

5 Pejcinovic LE

28 Lustenberger MD

11 Kringe AD 65'

17 Gekas AV 88'

18 Wichniarek AV

Golo [1-1] 33' Javi García (p.b.)

Amarelos | Nada a assinalar

Vermelhos | Nada a assinalar


Treinador Jorge Jesus

13 Júlio César GR

5 Rúben Amorim LD

4 Luisão DC

23 David Luiz DC

25 César Peixoto LE

6 Javi García MD

17 Carlos Martins MO 63'

8 Ramires AD 63'

20 Di María AE

30 Saviola AV 83'

7 Cardozo AV


1 Moreira GR

28 Miguel Vítor DC 83'

10 Aimar MO 63'

24 Felipe Menezes AD 63'

19 Weldon AV

21 Nuno Gomes AV

32 Éder Luís AV

Golo [0-1] 4' Di María

Amarelos | 24' César Peixoto, 43' Ramires

Vermelhos | Nada a assinalar





In Jornal O Jogo

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Benfica vence Belenenses pela margem mínima (1-0)


«Clássico» de outros tempos acabou com vitória do Benfica pela margem mínima. Cardozo foi o autor do único golo da partida, logo aos 10 minutos, ditando a diferença entre o primeiro e o último da tabela classificativa.

Foi um Benfica em «serviços mínimos» aquele que bateu o Belenenses, numa final de tarde com muito público nas bancadas para assistir a autêntico «clássico» de outros tempo do futebol português.

Os «encarnados» marcaram cedo, na primeira vez que a bola foi à baliza à guarda de Bruno Vale, num cabeceamento de Cardozo após excelente iniciativa da direita por Ramires, passando depois a jogar mais na expectativa.

Dono da sempre delicada posição de «lanterna vermelha» do Campeonato, o Belenenses reagiu bem, tentou chegar-se à frente e dispôs mesmo de soberana oportunidade de marcar, quando Fajardo, aos 27 minutos, após ganhar ressalto dentro da área, ficou isolado perante Quim. O remate saiu ao lado... bem ao lado. Do lado do Benfica, Fábio Coentrão também esteve perto de marcar novamente durante a primeira parte, após arrancada pela esquerda, tabelando pelo meio com Saviola.

Os «encarnados» ainda voltaram a apertar no início da segunda parte, na qual Weldon surgiu na equipa, substituído César Peixoto. O brasileiro poderia mesmo ter marcado, mostrando-se, porém, muito perdulário. Os minutos passavam, a diferença mínima foi-se mantendo e o Belenenses voltou a ir para cima da baliza de Quim. Voltou a estar bem perto de marcar, mas só no decorrer dos descontos, num remate de muito longe protagonizado por Mano, numa altura em que muitos já tinham dado por encerrado o encontro. Até porque os azuis do Restelo já actuavam com 10 jogadores, devido à expulsão do guarda-redes Bruno Vale, que defendeu com a mão esquerda fora da grande área um remate de Cardozo.

Com arbitragem de Carlos Xistra (AF Castelo Branco), as equipas alinharam:

Benfica – Quim; Maxi Pereira, Luisão, David Luiz e César Peixoto (Weldon, 46 m); Ramires, Javi Garcia, Aimar (Carlos Martins, 62 m) e Fábio Coentrão; Saviola (Ruben Amorim, 70 m) e Cardozo.

Suplentes: Júlio César, Ruben Amorim, Miguel Vítor, Carlos Martins, Kardec, Weldon e Nuno Gomes.

Belenenses – Bruno Vale; Mano, Marcos António, Devic e Tiago Gomes; André Almeida Gabriel Gómez e Celestino (Assis, 80 m); Fajardo (Yontcha, 58 m), Lima e Barge (José Pedro, 67 m).

Suplentes: Assis, Mustafa, Cândido Costa, Pelé, Miguelito, José Pedro e Yonctha.

Disciplina: cartão amarelo a Barge (61 m); cartão vermelho a Bruno Vale (77 m).

Marcador: 1-0 por Cardozo (10 m).




In Jornal A Bola

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Benfica goleia Sporting e segue para a final


Depois de serem eliminados para a Taça de Portugal, pelo FC Porto, e de serem afastados pelo Sporting de Braga da luta pelo título, o Sporting disse adeus a mais uma competição esta noite, encerrando de forma negativa o difícil ciclo do mês de Fevereiro.


A jogar na casa do rival, Jorge Jesus poupou Cardozo e Saviola e lançou de início Éder Luís e Alan Kardec. Do lado do Sporting, Carlos Carvalhal apostou em Pongolle e Liedson na frente de ataque, e Pedro Mendes, João Moutinho, Adrien Silva e Izmailov no meio-campo.


O lance decisivo do dérbi foi protagonizado por João Pereira, que ao tentar o desarme (se é que tentou) a Ramires atinge em cheio o brasileiro, não dando outra hipótese a Olegário Benquerença que não fosse a expulsão logo aos seis minutos. Na cobrança da falta, Carlos Martins coloca direitinho em David Luiz, que sem oposição, nas alturas, fez o 0-1. Minuto fatídico para a equipa verde e branca.


A jogar com apenas dez unidades, o Sporting tentava adaptar-se à superioridade numérica do Benfica mas sem criar reais lances de perigo.


O conjunto de Jorge Jesus aproveitava bem as debilidades técnicas de Pedro Silva, que entrou para substituir Adrien, e através de uma arrancada de César Peixoto na esquerda, Ramires dá o melhor destino ao passe do português para o 2-0.


O jogo parecia resolvido quando um Sporting ferido voltou a jogo na figura de Liedson. O jogador do Sporting mais inconformado com o resultado pegou no esférico perto do meio-campo, e após driblar três adversários, surpreende Júlio César com o remate certeiro fora da grande área.


Os leões marcavam em cima do intervalo e devolviam alguma esperança aos adeptos sportinguistas.


Na segunda parte, nenhum dos técnicos fez alterações e foi o Sporting que entrou determinado em inverter o rumo dos acontecimentos. Izmailov, logo aos 52 minutos de jogo, assiste Liedson que remate com perigo às malhas laterais.


O Benfica respondeu com Di Maria, a fintar três adversários na grande área do Sporting mas a perder a objectividade no momento decisivo e a perder a bola para Polga.


Carlos Carvalhal apostou tudo e tirou de campo Pongolle para dar entrada a Yannick Djaló. O Sporting corria contra o prejuízo mas foi o Benfica quem ampliou a vantagem aos 67 minutos de jogo. Na cobrança de um pontapé de canto, Luísão surge imperial por entre os defesas contrários para de cabeça fazer o 3-1 e praticamente resolver a partida.

Com o jogo resolvido, Jorge Jesus lançou Saviola, Cardozo e Aimar para aumentar ainda o ritmo de jogo e controlar qualquer reacção leonina. Quando tudo parecia resolvido, Cardozo resolve fazer uma obra de arte e, surpreendendo Rui Patrício, amplia de forma magistral o resultado para 4-1.
No final do encontro, os jogadores aplaudiram os adeptos, e se por um lado os adeptos encarnados retribuíram o agradecimento dos seus atletas, já não se pode dizer o mesmo dos adeptos leoninos, que lançaram uma monumental vaia aos seus jogadores.



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

«Temos um colectivo muito forte» - Cardozo


Líder da Bola de Prata, Óscar Cardozo regressou aos golos no jogo com o U. Leiria (de bola corrida já não marcava desde a 12.ª jornada, com a Académica), dando o melhor seguimento, de cabeça, a um cruzamento de Saviola, após uma brilhante jogada de entendimento entre este e Pablo Aimar.

Hulmilde, Tacuara aceita que «é sempre bom poder contribuir para o êxito da equipa», para logo depois lembrar que «os golos são sempre fruto do esforço de todos e não só de um jogador.»

E reforça: «sem o trabalho de todos nada disto seria possível», afirma, dando alguns exemplos: «sem as assistências dos companheiros de equipa, o trabalho defensivo dos centrais e laterais, sem os jogadores do meio campo que nos apoiam na frente, nada seria igual.» Destas premissas à conclusão, é apenas um pequeno passo para Óscar Cardozo, que insiste em dizer que «o mais importante é o trabalho do colectivo.»

O ponta-de-lança do Benfica, que está a fazer o suficiente ficar, a meias com Javier Saviola, na história do clube como integrante de uma das melhores duplas de ataque de todos os tempos, não tem dúvidas em apontar o segredo do êxito encarnado, revelando a filosofia que prevalece no balneário encarnado: «os méritos individuais só aparecem quando há um grande espírito de equipa! E esta equipa felizmente é um colectivo muito forte!»


in A bola

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Passeio tranquilo até ao poleiro


Benfica venceu uma União de Leiria muito medrosa, chegou à liderança e atingiu a marca dos 50 golos.

Fácil, muito fácil foi a noite em que o Benfica subiu ao primeiro lugar da tabela, beneficiando da antecipação do jogo com a União de Leiria, relativo à 20.ª jornada.

Sem o fulgor do início da época, a equipa de Jorge Jesus controlou em absoluto a partida e beneficiou de ter pela frente um adversário que entrou na Luz a tremer... de medo. Essa foi, pelo menos, a sensação que deu, uma vez que os jogadores leirienses posicionaram-se à frente do guarda-redes, tentando lançamentos longos para Carlão. Uma estratégia que, bem cedo, se viu que poucos resultados podia dar, ainda mais quando Silas mostrou estar desinspirado, não tendo conseguido pegar no jogo, acumulando passes errados. Era uma espécie de vírus que contagiou os seus companheiros e, no final do primeiro tempo, até os jogadores do Benfica.

Com o golo de Cardozo, na sequência de uma grande jogada de Aimar e Saviola, esperava-se que finalmente a União de Leiria arriscasse, mas tal não aconteceu. A equipa manteve-se lá atrás, procurando tirar espaços aos encarnados.

O Benfica aproveitou então para... descansar com bola. É que nos próximos seis dias a equipa terá dois jogos fora de casa (V. Setúbal e Sporting) e havia que poupar esforços. Os leirienses, tirando alguns pontapés-de-canto, ajudaram, sobretudo por causa do desacerto dos seus jogadores mais influentes.

O segundo golo, marcado por Saviola, acentuou ainda mais a tendência para o passeio encarnado. Jesus optou então por dar rodagem aos reforços Éder Luís e Alan Kardec. À beira do final, já com o guarda-redes Djuricic lesionado, Rúben Amorim conseguiu fazer o resultado final, num golo que entra para a história da temporada, pois foi o 50.º dos encarnados na Liga.

O Benfica segue pois na frente do campeonato com mais um jogo e três pontos que o Sporting de Braga, que terá agora de mostrar que é imune à pressão de ver o concorrente mais directo à sua frente e logo depois de uma eliminação da Taça de Portugal. O mesmo efeito psicológico poderá produzir efeitos para o FC Porto, que está nove pontos atrás do rival...

O complicado mês de Fevereiro começa bem para os encarnados, que voltaram a contar com os golos de Cardozo, que há dois jogos que não sabia o que era marcar. A exibição, é verdade, foi pobre, mas há momentos em que os floreados são desnecessários.



In DN